sábado, 5 de fevereiro de 2011

A violência dos trotes.

Como todo início de ano, os jornais estapam uma quantidade enorme de calouros humilhados nos tais rituais de iniciação para o ingresso nas universidades. Os “filhinhos de papai” que colocam seus nomes em cursos de fácil ingresso, apenas para ter a sensação de que passaram e aí sim tomar o trote, gostam desse tipo de coisa. Os que pretendem viver numa sociedade mais justa e menos violenta o abominam.
O trote conta, em muitos casos, com a conivência de famílias, reitorias e professores. As universidades afirmam que é impossível coibi-lo, quando ele ultrapassa os muros das instituições. No entanto, diante de provas irrefutáveis de maus tratos, humilhações de toda ordem, por que não abrir um processo acadêmico contra esses veteranos, com a nítida intensão de expulsá-los, caso fique confirmada sua má conduta?
Vamos deixar de agir como avestruzes. Vários alunos já foram mutilidados e alguns pagaram com a vida devido às atitudes inconsequentes de um bando de irresponsáveis cujas costas são muito, muito quentes…
Abaixo o trote. Ele se revela como um vandalismo sem precedentes. Há alunos desistindo dos cursos por causa deles. Eles não duram um dia ou uma semana. Duram até o dia 13 de maio, quando comemoramos a libertação dos escravos. É ou não sintomático?

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