domingo, 22 de maio de 2011

Bom dia, leitores!
Mais uma semana chega ao fim. Na segunda-feira, assisti à aula de redação com certa preocupação. O professor havia nos orientado a fazer um projeto de texto que, segundo ele, evitaria repetições e salientaria a “progressividade textual”.
Ansioso por testar tal método, decidi separar uma hora e meia daquele mesmo dia para produzir um texto. Após selecionar caprichosamente o que seria escrito em cada parágrafo, comecei. No entanto, não esperava que, justo naquele dia, os argumentos teimassem em ficar no plano das ideias. Com esforço, consegui terminar a redação, que ficou parecendo mais um amontoado de frases do que um tecido de palavras. Consequência: o pesadelo da redação voltou.
Sabendo que se trata de um trabalho a longo prazo, agradeço à equipe do POLIEDRO excelentes temas e aulas para que eu desenvolva minha escrita, tendo em vista a importância da redação no vestibular. Agora, me resta parodiar Marcel Proust e ir em busca do tempo perdido.

sábado, 7 de maio de 2011

Dica de Argumentação. [Argumentação de Ressalva e de Oposição Enfraquecida].

Exemplo 1:

Embora pareça propaganda, a afirmação, a seguir, contém dados da realidade: considerando-se o nível a que chegaram as escolas brasileiras de primeiro e segundo graus, o refinamento dos vestibulares das principais universidades do país ( principalmente a complexidade das provas), o reduzido número de vagas nas faculdades mais procuradas, é necessário que o aluno faça um pré-vestibular para estar apto a concorrer com os demais a tão desejada vaga.

Exemplo 2:

Embora em seus discursos tenha defendido os princípios éticos e prometido dedicar-se à solução dos graves problemas sociais, o governador Lucro Certeiro das Neve, uma vez de eleito, aliou-se às alas mais racionárias do país e empenhou-se, com esmero, a fortalecer as já privilegiadas elites.

O trecho destacado, no exemplo 1, introduz uma RESSALVA, isto é, o enunciador se antecipa a uma possível contra-argumentação ( poderia ser acusado de estar defendendo, por razões pessoais, os cursinhos), salvando o argumento de Causa/ Consequência com que defende sua tese.


Empregou-se a Oração Subordinada Adverbial Concessiva ( introduzida por EMBORA, AINDA QUE, MESMO QUE, POR MAIS QUE, APESAR DE  etc.), para estruturar o argumento de RESSALVA.


No exemplo 2, a mesma oração foi empregada para "enfraquecer/invalidar" o argumento de que o governador Lucro Certeiro das Neves é realmente democrata. Trata-se do argumento de OPOSIÇÃO ENFRAQUECIDA.


Observe o seguinte exemplo: "EMBORA TENHA FEITO SACRIFÍCIOS, Bruno não conseguiu realizar o seu intento". Cria-se a expectativa de que "fazendo sacrifícios", Bruno realizará o seu intento. Ocorre o contrário. Em outras palavras: é como se um fato, uma ideia, um evento fossem afetar/alterar a realização ou a concretização de outro fato, de outra ideia, de outro evento, o que, na realidade, não ocorre.


- Esse argumento é frequentemente usado quando se deseja evitar oposições absolutas, que poderiam criar incoerência. Observe o exemplo:


Sou cristão, mas defendo a pena de morte.
Sou homem, mas roubo.


As duas frases encerram incoerências, porque cristão defende a vida e o honesto não rouba. Como as ideias são colocadas em oposição absoluta, uma invalida a outra (são excludentes). No entanto, podem ser salvas, se as oposições forem relativizadas, apresentadas na forma de argumentos "enfraquecidos". Vejamos:


Embora eu seja cristão, defendo a pena de morte.
Embora eu seja honesto, roubo.


As construções "Embora eu seja cristão" e "Embora eu seja honesto", por serem de caráter hipotético, colocam sob suspeita a ideia de que o enunciador "é realmente cristão/honesto".


Observe as construções:
I- EMBORA eu tenha estudado, não fui aprovado.
II- Estudei, Mas não fui aprovado.


Na construção I, destacou-se a "oposição fraca"; em II, a "oposição forte".


As oposições fracas são introduzidas por EMBORA, AINDA QUE, MESMO QUE, POR MAIS QUE, APESAR DE.


As oposições fortes são introduzidas por MAS, PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, ENTRETANTO, NO ENTANTO.


Na redação a ressalva é uma estratégia que revela um profundo senso crítico, pois parte da crítica a um senso comum defendido pelo autor do texto. Por isso, o autor deve expor esse senso comum em primeiro lugar, para, a partir daí, estruturar uma tese contestatória.

Bons estudos!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.
Mário Quintana. 

Concordo com Mário Quintana, mas está sendo difícil postar novos arquivos por aqui. Vida agitada e estudos a todo vapor. Em breve, estarei de volta com novas dicas e textos. 
Abraços!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O que você espera de uma Universidade?

Para atingir esse objetivo, o que deve o estudante esperar de sua universidade? Que seus docentes
sejam bem formados, que sua estrutura, em geral, esteja organizada de modo a lhe permitir desempenhar bem o seu papel, pelo acesso a bibliotecas atualizadas e a interações cientificamente relevantes.
A boa universidade é aquela que prepara o estudante para que seja um ser completo, para que viva em
plenitude e não é aquela que só e simplesmente lhe oferece uma carreira, uma profissão, e um meio
de sobrevivência. A universidade competente e produtiva tem mais chance de levar seus estudantes a
serem homens realizados, inclusive na profissão que escolherem.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Começar o ano letivo, para os estudantes que cursarão o 3º ano do ensino médio, significa iniciar uma difícil e importante etapa da vida. No fim do ano, eles terão de encarar o vestibular e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), primeiros passos para o mundo adulto e profissional. Na opinião de orientadores e estudantes que venceram essa fase – com sucesso e uma vaga na universidade –, os alunos que chegam à série final do ensino médio devem se preparar desde agora para a tarefa.


Por isso, considera o apoio dos pais fundamental. “Eles têm de participar desse processo, dando opiniões e ajudando os filhos a definir as metas do ano, dividindo o tempo entre estudo, lazer e convívio familiar”, afirma Chacon. O coordenador de vestibulares do Centro Educacional Sigma de Brasília, professor França, ressalta que os estudantes não devem deixar de lado todas as atividades extras por causa da preparação para os processos seletivos. “A rotina precisa ser normal. Cada um tem um ritmo diferente de aprendizagem”, diz.Planejar um horário de estudos, que inclua assistir às aulas, fazer a tarefa de casa, revisar o conteúdo dado em sala e resolver exercícios de vestibulares anteriores é o primeiro passo. “Organizar o próprio tempo é uma das maiores dificuldades dos alunos”, garante Euclides Chacon, diretor do ensino médio do Colégio Galois, em Brasília. Segundo ele, nessa idade, os jovens são imediatistas e tendem a não fazer projetos longos.
Os professores afirmam que os alunos precisam conhecer o próprio estilo de aprender. Alguns preferem assistir às aulas. Outros lêem fazendo resumos. Além de se respeitarem nesse sentido, os futuros vestibulandos têm de manter o ritmo. João Marcos Correia Marques, 18 anos, aconselha os candidatos a estudarem todos os dias, independentemente do tempo. “Estudava umas quatro ou cinco horas por dia e, no final de semana, descansava um pouco”, conta.
A estratégia de João Marcos deu certo. Mal terminou o terceiro ano e foi aprovado Programa de Avaliação Seriada (PAS) - processo de seleção feito durante todo o ensino médio, com uma prova ao final de cada série - e no vestibular da Universidade de Brasília, cujo resultado foi divulgado nesta sexta-feira. E ele foi primeiro colocado nos dois. Agora, ainda espera o resultado do vestibular da Universidade de São Paulo (USP). “Foi uma surpresa muito grande”, garante o jovem.
Larissa Gonçalves Braz dos Santos, 18, aprovada em medicina pelo PAS, admite que abriu mão de baladas, aulas de dança e festinhas para se preparar para essa etapa. Como o curso que escolheu é o mais concorrido da UnB, achou que valeria a pena se dedicar agora. “Não me arrependo. Acho que todo mundo precisa se planejar desde o começo do ano e pensar que vai passar rápido essa fase”, diz.
A orientadora pedagógica do ensino médio do Colégio Ciman, Leise Protta Lanna, lembra que, além da preparação, os estudantes precisam escolher uma carreira nessa fase, o que também não é fácil. “É preciso conhecer as disciplinas que serão estudadas no curso, como é a carreira e o que ele quer para o futuro. Até isso ajuda na hora da preparação, para traçar áreas que devem ser privilegiadas nos estudos”, recomenda.
É muito comum que os estudantes queiram fazer um cursinho preparatório junto com a escola nessa fase, mas os professores não recomendam a prática. Para eles, tantas aulas podem tirar um tempo de estudo precioso. “Quem faz uma boa escola não precisa se preocupar com isso nesse momento”, garante Chacon. 
Fonte: IG

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A violência dos trotes.

Como todo início de ano, os jornais estapam uma quantidade enorme de calouros humilhados nos tais rituais de iniciação para o ingresso nas universidades. Os “filhinhos de papai” que colocam seus nomes em cursos de fácil ingresso, apenas para ter a sensação de que passaram e aí sim tomar o trote, gostam desse tipo de coisa. Os que pretendem viver numa sociedade mais justa e menos violenta o abominam.
O trote conta, em muitos casos, com a conivência de famílias, reitorias e professores. As universidades afirmam que é impossível coibi-lo, quando ele ultrapassa os muros das instituições. No entanto, diante de provas irrefutáveis de maus tratos, humilhações de toda ordem, por que não abrir um processo acadêmico contra esses veteranos, com a nítida intensão de expulsá-los, caso fique confirmada sua má conduta?
Vamos deixar de agir como avestruzes. Vários alunos já foram mutilidados e alguns pagaram com a vida devido às atitudes inconsequentes de um bando de irresponsáveis cujas costas são muito, muito quentes…
Abaixo o trote. Ele se revela como um vandalismo sem precedentes. Há alunos desistindo dos cursos por causa deles. Eles não duram um dia ou uma semana. Duram até o dia 13 de maio, quando comemoramos a libertação dos escravos. É ou não sintomático?

De volta!


De volta!

Há meses não escrevo para este blog. Durante este tempo todo estive de férias e cheio de compromissos. Até que tive tempo de escrever, mas a preguiça pegou-me de jeito. Quem acompanha o blog sabe, já aconteceu isso outra vez, mas com menor intensidade. Nas últimas semanas estive apenas presente no twitter. Acho que estou de volta agora para o blog, novamente.
Espero que a preguiça fique bem longe de mim agora que vou começar a estudar novamente, será mesmo difícil escrever o tempo todo . Tenho a leve impressão que terei boas histórias e novas propostas de estudo da língua portuguesa para compartilhar neste blog.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011





Olá, segunda fase do vestibular da UNICamp é neste domingo. E hoje, venho dar algumas dicas de língua portuguesa para a prova.

Uma recomendação é revisar o resumo dos livros de literatura cobrados no vestibular. Em literatura, a UNICamp trabalha com trechos de obra. Um dia é revisar os resumos para relembrar a trama da história e a que escola literária ela pertence. A universidade costuma ter mais perguntas relacionadas com gramática do que a FUVEST. "Tem muitos temas que as pessoas dizem que não caem mais, mas a UNICamp cobra".Sintaxe, crase e concordância verbal são algumas deles. A gramática presa aos livros nem sempre aparece, mas um acento, uma concordância e o sentido de uma piada para o entendimento de uma charge, por exemplo, podem cair. Fique alerta!

Hora de ajeitar a vida.


Caros leitores, tudo bem? Neste ano, o conteúdo do meu blog será mesclado entre dicas de gramática e demonstrar aqui um pouco da minha rotina de estudante. Está na hora de sair da mesmice e criar neste espaço coisas novas. Espero que essa mudança seja positiva.
(...)
Espero que todos tenham passado bem a virada de ano, mesmo com toda essa chuva que não tem dado trégua.
As férias estão indo bem, ainda tenho mais algumas semanas antes do começo do ano letivo.
Aproveito a folga para arrumar minhas coisas porque, depois de anos, vou me mudar. Agora é aquela correria para conseguir deixar tudo pronto e bonitinho no lugar certo. Nessas longas arrumações coisas inusitadas acabam reaparecendo, muitas das quais pensava ter perdido. Não vou mentir, é bem divertido!